Resumo – Este artigo tem como objetivo descrever como está sendo gerido o projeto da ANEEL P&D, Código 0064-1059/2019, registrado como “Plataforma para Operação de Balcão Organizado de Comercialização de Energia”, e, publicamente, Projeto AES Brasil de Energy Intelligence, realizado em conjunto pelas empresas Fohat e AES Brasil. As atividades estão sendo realizadas de forma híbrida, com o objetivo de minimizar problemas relacionados a prazos, entregas, comunicação e gestão. No desenvolvimento de produtos de software, a gestão ágil de projetos tem o objetivo de fazer entregas incrementais do produto em curto prazo, sempre tendo em vista o valor agregado. Na gestão de projetos de software, as metodologias tradicionais ajudam no controle da documentação do software, além de levar em conta outros fatores críticos para atender aos padrões da ANEEL para projetos de P&D por meio de pesquisas, estudos e entregas de documentação final.
Palavras-chave: Gerenciamento de Projetos. Métodos Ágeis. Métodos Tradicionais. Métodos Híbridos. Desenvolvimento de Software.
I. Introdução
No gerenciamento de projetos podem-se listar diversas metodologias, do modelo cascata até o ágil. SCRUM, PRINCE2 e PMBOK são conceitos ágeis e tradicionais que podem ser adaptados e utilizados em diversos tipos de projetos. Mesmo com algumas em alta, não é recomendado forçar um projeto a se adaptar a uma metodologia específica. Para projetos P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) a escolha, seja ela de uma metodologia ágil ou tradicional, depende muito da visão de quem está desenvolvendo e principalmente de quem está gerenciando o projeto. Nesse sentido, pode ser que escolher entre uma metodologia tradicional ou ágil não seja o ideal, mas sim mesclar os dois modelos em uma metodologia híbrida de gestão de projetos.
II. Projetos P&D ANEEL
O programa de P&D da ANEEL atualmente é regido pela Lei nº 9.991 de 2000 e suas alterações, sendo regulamentado pelas Resoluções Normativas nº 316 de 2008 e nº 504 de 2012 e normas correlatas.
Empresas do setor elétrico, especificas conforme a lei, devem aplicar, anualmente, um percentual mínimo de sua receita operacional líquida (ROL) em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica – P&D, segundo regulamentos estabelecidos pela ANEEL, conforme mostra a Tabela I.
Tabela I. Percentuais mínimos da ROL a investir em programas de pesquisa e desenvolvimento e de eficiência energética pelas empresas de energia elétrica.
Todo projeto de P&D deverá conter um Gerente e um Coordenador, além dos outros membros do projeto, como Pesquisador, Auxiliar Técnico, Auxiliar Técnico Bolsista ou Auxiliar Administrativo. Para tanto, se faz necessário atender as regras da ANEEL referente à documentação, além do produto de pesquisa que será entregue ao final do projeto. Também é preciso gerenciar as despesas do projeto, como: recursos humanos, serviços de terceiros, materiais de consumo, materiais permanentes e equipamentos, viagens e diárias e outros custos. Apenas uma metodologia Ágil não atenderia às necessidades desse tipo de projeto de pesquisa e desenvolvimento. Muito menos uma metodologia tradicional, em cascata, onde se tem um escopo definido do início ao fim. Portanto, optou-se por unificar as duas, criando uma visão híbrida, atendendo todos os requisitos estabelecidos por lei para o gerenciamento de projetos P&D ANEEL [11].
III. Descrição das Metodologias
Na medida em que os métodos ágeis se tornaram mais presentes, os gestores de projetos devem aprender a utilizá-los e perceber o desafio de integrar o tradicional modelo de gestão de projetos com as metodologias mais inovadoras e rápidas. Se, por um lado, é possível ganhar em termos de tempo, em outro, se perde sem um planejamento e documentação completamente estruturados. Não se pode falar que uma forma de trabalhar seja melhor que a outra. Elas são diferentes e se adequam de acordo com o cenário e as características dos projetos e das equipes envolvidas.
A. Metodologia Tradicional
As metodologias tradicionais ficaram populares a partir de meados do século 20. O modelo de Estrutura Analítica de Projetos (EAP), conhecido como Modelo em Cascata, é um exemplo de metodologia tradicional que ficou popular e grande parte dos gerentes de projeto foram treinados com esse modelo. A principal característica das metodologias tradicionais é o foco no planejamento. Ele deve ser feito de forma minuciosa antes de iniciar o projeto [2]. A Figura 1 mostra a metodologia PMBOK.
Figura 1. Metodologia PMBOK.
Todo o projeto é voltado para o resultado com demandas de etapas mais rígidas e programadas. Sendo assim, essas metodologias são mais adequadas para grandes projetos que necessitam de um controle de entregas em determinados tempos, como: reportes mensais, documentos, orçamento entre outros itens que englobam um gerenciamento de projeto, não um gerenciamento de produto, conforme é ilustrado na Figura 2.
Figura 2. Metodologia PRINCE2.
Entretanto, a partir da metade da década de 90, surgiu uma necessidade entre os desenvolvedores de software de que houvesse formas mais flexíveis de realizar um projeto, saindo um pouco da burocracia das metodologias tradicionais, no que se refere ao desenvolvimento de softwares. É nesse contexto que surgem as metodologias ágeis [2].
B. Metodologia Ágil
Apesar do nome, a principal característica das metodologias ágeis não é a velocidade, mas a capacidade de adaptação. Se nas metodologias tradicionais é feito um planejamento minucioso e o trabalho é rigidamente programado, nas metodologias ágeis o escopo é alterado com frequência conforme novas demandas vão surgindo.
Além disso, os ciclos de trabalho são curtos, permitindo que as novas demandas incluídas em ciclos futuros sejam executadas mais rapidamente. Então, podemos dizer que, em metodologias ágeis, o planejamento é feito de forma incremental. É planejado um objetivo final, mas os detalhes sobre o andamento do projeto são planejados ao longo de sua execução. A definição do Scrum é dada no livro “Scrum Guide”, dos autores Ken Schwaber e Jeff Sutherland, os ideadores da metodologia. A Figura 3 mostra a metodologia ágil do Scrum.
Figura 3. Metodologia Scrum.
Outra diferença em relação às metodologias tradicionais é que essas priorizam as especificações do projeto, ou seja, o projeto precisa sair exatamente como foi planejado. Já as metodologias ágeis dão mais valor ao prazo, já que o projeto pode ser entregue antes de ser concluído em sua totalidade para ser testado e, depois, receber novas funcionalidades. Entretanto, nada impede que elas sejam utilizadas em outras áreas, desde que o projeto não exija um planejamento rígido e detalhado [2].
C. Metodologia Híbrida de Gerenciamento de Projetos
As metodologias híbridas são uma forma de juntar os dois mundos, mesclando características dos modelos ágeis com características dos modelos tradicionais [2]. É a combinação de ferramentas que reúne os aspectos positivos das duas visões, baseado em documentação e agilidade de desenvolvimento, a fim de obter os melhores resultados durante o planejamento, execução ou monitoramento dos projetos:
- É preciso planejar, mas também entregar resultados em prazos cada vez menores;
- É preciso sofisticar processos, mas também testar modelos mais simples;
- É preciso administrar de acordo com o que está dando certo, mas experimentar as novas práticas;
- É preciso sim ter uma documentação de projetos.
Acompanhar as tendências é fundamental se diferenciar no mercado. Metodologia híbrida de gestão de projetos é qualquer metodologia que mescle práticas ágeis com tradicionais. Essas metodologias ajudam a tocar projetos da forma mais adequada de acordo com o contexto, pois permitem flexibilidade e planejamento [3]. Para mesclar as metodologias, o profissional da área de excelência operacional deve possuir o conhecimento amplo trabalhando o mindset ágil, conforme demonstrado na Figura 4.
Figura 4. Mindset ágil.
O termo V.U.C.A., surgiu nos anos 90 para descrever ambientes de volatilidade (do inglês, volatility), incerteza (do inglês, uncertainty), complexidade (do inglês, complexity) e ambiguidade (do inglês, ambiguity). No que se refere à gestão empresarial, o ambiente exige que as organizações realizem mudanças em modelos de negócio, atualização de competência dos seus líderes para que haja um aprendizado contínuo, rápido, eficiente e econômico. Líderes que conseguem reunir informações de forma ágil estão mais preparados para tomar decisões mais precisas. E ter agilidade é fundamental para sobreviver nesse ambiente [6].
A Figura 5 mostra sobre a solução VUCA.
Figura 5. Visões da solução VUCA.
Visão para responder às mudanças e superar a volatilidade; entendimento e utilização de planejamento e comunicação compartilhada para combater a incerteza; clareza em compartilhar as ideias e conhecimento para diminuir os problemas e promover a interação entre as pessoas, superando a complexidade; agilidade para estar sempre preparado para os desafios e agregar valor as entregas prevendo os problemas do mercado, combatendo a ambiguidade.
Os benefícios de utilizar uma metodologia híbrida são diversos. Nem todos os projetos podem ser gerenciados integralmente com o Scrum, por exemplo. Entretanto, também pode não ser interessante utilizar a infinidade de processos do PMBOK e PRINCE2.
O interessante das metodologias híbridas é que elas permitem encontrar um ponto de equilíbrio no qual é possível reunir os melhores processos, ferramentas e técnicas para os projetos da sua organização. Isso ajuda a diminuir esforços na hora de realizar as tarefas, ajuda na relação equipe-cliente e na entrega de produtos e serviços com maior qualidade. Tudo isso em um tempo menor. Para entendermos exatamente como funcionam as abordagens híbridas, precisamos destrinchar os conceitos do modelo tradicional e ágil [7].
IV. Gerenciamento do Projeto AES Brasil de Energy Intelligence
Projetos demandam metodologias diferentes para serem realizados. Alguns, entretanto, podem precisar de práticas mais amplas advindas de diversas metodologias. No caso do projeto da parceria entre AES Brasil e Fohat, optou-se pela união das metodologias PRINCE2 e PMBOK para gerenciamento e Scrum para desenvolvimento de software.
Dessa forma, foi possível mesclar diversas práticas, sejam elas tradicionais ou ágeis, de modo a obter melhor controle documental e agilidade nos projetos, de acordo com suas necessidades específicas, adaptando a forma de acordo com o contexto da organização e principalmente com o que traz valor ao cliente. Juntar algumas práticas do PMBOK/PRINCE2, com práticas do Scrum, e utilizá-las em momentos diferentes do andamento do projeto, foi uma ação que vêm trazendo excelentes resultados. É possível mesclar metodologias ágeis e tradicionais de diversas maneiras, sempre se atentando às necessidades do projeto. Os modos mais comuns de se fazer isso são os listados na sequência.
A. Unir planejamento tradicional com execução ágil
No projeto P&D em questão, realizou-se um planejamento de projeto tradicional, aprofundado e robusto, e depois executou-se o desenvolvimento de software de forma ágil. Ou seja, na fase de planejamento, pensou-se na arquitetura do projeto e o escopo de forma aprofundada e detalhada. Já na execução, elaborou-se o product backlog, as sprints, entregas iterativas etc. Dessa forma, a parte inicial garante um planejamento rigoroso, ao mesmo tempo em que a execução é feita com ferramentas ágeis.
O primeiro procedimento adotado, entre novembro e dezembro de 2019, foi a identificação dos documentos que seriam usados no projeto das metodologias PRINCE2 e PMBOK. Verificou-se igualdade de informações em alguns documentos, e na metodologia PMBOK obteve-se maior quantidade de documentos de gestão, em virtude do tempo de execução do projeto, que foi 18 meses. Em seguida, de posse dos documentos, organizou-se as pastas na raiz do servidor separadas por: ‘00 Iniciação’, ‘01 Planejamento’, ‘02 Execução’, ‘03 Monitoramento’ e ‘04 Encerramento’. A numeração a frente das pastas foi proposital para que elas tenham uma ordem de visualização mais fácil.
O próximo passo foi para que em cada uma dessas pastas fossem criadas subpastas além de seleção de documentos como “Partes Interessadas, Cronograma de Gantt, Solicitação de Mudanças, Matriz de Responsabilidades, Registro de Aquisições entre outros.” Advindas da metodologia PRINCE2, adicionamos os documentos ‘Project Brief – Descrição do Projeto’, ‘Product Description – Descrição do Produto’ e ‘Software Test Protocol – Protocolo de Teste de Software’, entre outros. A união das duas metodologias garantiu um determinado controle paralelo ao desenvolvimento da solução.
B. Utilizar os controles tradicionais com execução ágil
Métodos ágeis possuem menos artefatos de controle do que as metodologias tradicionais. Um projeto pode precisar de uma execução ágil, mas sem perder o controle que um método tradicional é capaz de oferecer. No projeto, utilizou-se inicialmente um Plano Geral de Gerenciamento do Projeto contendo os itens: Escopo, Tempo, Recursos, Partes Interessadas, Custos, Aquisições, Qualidade, Comunicação e Risco, unificados em um documento apenas. Ao mesmo tempo, mantiveram-se as ferramentas ágeis de execução utilizando a metodologia Scrum. Foram criadas as cerimonias como: Planning, Daily, Backlog Refinement, além da Review + Retrospective. A metodologia híbrida, nesse caso, cascateou as entregas, mas também ofereceu ao cliente, AES Brasil, a possibilidade de poder modelar seu produto de pesquisa conforme a necessidade do mercado e as demandas operacionais, que podem ou não mudar a cada dia. Para tornar esse gerenciamento ainda mais fácil, o uso da tecnologia foi indispensável.
C. Utilizando a tecnologia
Na hora de gerenciar o Projeto AES Brasil de Energy Intelligence, foram de suma importância as escolhas das ferramentas adequadas. Aqui entra o papel do Head de Tecnologia, na época André Ferreira, e do CEO Igor Ferreira. Nesse sentido, o uso da tecnologia foi essencial para que o projeto tivesse uma organização e agilidade.
Utilizar planilhas, entretanto, pode ser um problema dependendo do que se quer controlar. E é por isso que se escolheu a solução completa da Atlassian contendo Jira Software, Jira Service Management, Statuspage, Jira Core, Confluence e Opsgenie. No Jira Software, no modo de criação de projetos de software de última geração, criou-se o controle das Sprints com a ferramenta “Kanban”, com as informações do projeto inseridas no Jira Confluence.
Por outro lado, a utilização do pacote do Office365 garantiu o controle e gerenciamento das informações. Ao customizar e parametrizar de acordo com a necessidade, é possível garantir uma eficiência aplicando além das ferramentas de texto e apresentação, a criação de dashboards, por meio do qual o cliente pode acompanhar o projeto em todas as visões.
O Power BI fez a diferença. A compilação de todas as informações apresentadas em painéis como o Percentual Financeiro, Escopo e Risco, Percentuais Gerais do Projeto – Tempo, Atividades do Jira, Valores Gerais Valores RH, Valores Recursos, Horas Recursos, Valores Equipamentos de Software, Mobiliários Administrativo, Eventos, Serviços de Terceiros e Outros. Dessa forma, o Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento foi associado às tecnologias, e unificado através de metodologias híbridas.
Outro diferencial foi a utilização de um aplicativo do Office365 (“Meeting Capture”) que captura as informações da reunião e, minutos após o término, envia um e-mail diretamente ao cliente com tudo o que foi conversado no dia. Um elemento sincronizado perfeitamente com as reuniões semanais de Status Report, que eram utilizadas não apenas para apresentar a pesquisa, mas também as pessoas que estavam desenvolvendo o projeto. Utilizar o Meeting Capture foi de extrema importância para manter o cliente atualizado de todas as informações de uma reunião. A aproximação do cliente, não apenas ao PM (do inglês, Project Manager – Gerente de Projeto) e ao PO (do inglês, Product Owner – Dono do Produto), mas às metodologias de gerenciamento e desenvolvimento, validou a operação sendo a AES Brasil coautora do sucesso da pesquisa. O consenso e a participação ativa da equipe de inovação, representada por Mathias Ludwig, vêm garantindo a qualidade e valor na entrega.
D. Nunca Esquecer da Documentação
A ausência de necessidade de documentação do projeto nas metodologias ágeis, é controversa. Conforme postulado no manifesto ágil, muitos defensores e praticantes de metodologias ágeis são contrários à uma documentação de projeto extensa e detalhada. Mas, no caso de um Projeto P&D, onde envolvem entregas, esse ponto é essencial e deve ser considerado. O importante é sempre diferenciar o gerenciamento do projeto e o gerenciamento do produto. Na construção do produto, a documentação pode ser preenchida ao longo do desenvolvimento, mas não pode ser esquecida. Por exemplo, um software não pode ser entregue sem manual do usuário, sem termos de uso, sem documento inicial etc. O manifesto ágil não deve ser utilizado de forma radical. Um profissional não consegue ser o único responsável pelo desenvolvimento e pela documentação, sem que haja uma sobrecarga de trabalho para ele. Por isso, é essencial que exista uma equipe responsável pelos documentos e pelo gerenciamento do projeto através de entregas, enquanto a equipe de desenvolvimento pode trabalhar focada. Como é descrito na metodologia ágil, o processo é realizado através de sprints e as entregas são incrementais, então pode haver revisões perto do encerramento do projeto.
E. Ter uma equipe qualificada e completa
Para o projeto da AES Brasil, o Head de Tecnologia, na época André Ferreira, criou um time contendo (além dele como focal um Scrum Master) desenvolvedores Back-End e Front-End, desenvolvedores Full Stack, um DevSecOps, e a arquitetura de software é definida pelo time. Além disso, separadamente da equipe de tecnologia, foi contratado um Tester, na Área de Produto, para garantir a qualidade de software. Com esse reforço, realizarou-se simulações de diversos testes de software, o que permite avaliar todo o desenvolvimento por uma visão diferente da tradicional, a visão do usuário. Isso garante a qualidade de software nos mais diversos tipos de teste e entregando qualidade ao cliente. Outro ponto crucial para o sucesso do projeto em andamento foi o desenvolvimento das POC’s (do inglês, Proof of Concept – Prova de Conceito), em conjunto com o trabalho da equipe de UX (do inglês, User Experience – Experiência do Usuário). Elementos importantes criados em ferramentas de visualização, com os plugins corretos, tornaram o desenvolvimento de software mais ágil.
V. Conclusões
A cada dia surgem novidades que geram impacto na maneira como as empresas trabalham. Somam-se a esse cenário, as inovações tecnológicas, mudanças no comportamento do consumidor, velocidade da informação, avanço da concorrência, impacto da transformação digital, um mundo com menos fronteiras comerciais, além dos desafios que a pandemia de Covid-19 trouxe não apenas para o gerenciamento de projetos, mas também para a sociedade como um todo. Cada tipo de projeto demanda metodologias diferentes para ser realizado. Alguns, entretanto, podem precisar de práticas mais amplas advindas de diversas metodologias. Foi por esse motivo que, no projeto da AES Brasil, utilizou-se as metodologias híbridas. É uma forma de mesclar diversas práticas (sejam elas tradicionais ou ágeis) de modo a obter um melhor resultado no projeto, de acordo com suas necessidades específicas, adaptando a forma de acordo com o contexto da organização. No projeto P&D ANEEL em questão, em conjunto com a equipe de inovação da AES Brasil, foi possível testar essa metodologia com sucesso. Os painéis de gerenciamento refletem não apenas a visão ágil de desenvolvimento, mas também o controle documental de um projeto tradicional. Na área de gerenciamento de projetos, uma parte crucial é a documentação. Algumas vezes a presença de arquivos detalhados é controversa, porém no projeto P&D citado neste artigo, foram 100% contemplados, ao unificar as duas visões (tradicional e ágil).
Agradecimentos
À AES Brasil pela confiança na Fohat e, à sua equipe de inovação, representada por Julia Rodrigues e Mathias Ludwig pelo profissionalismo e suporte ao trabalho. Na Fohat, aos amigos e parceiros de trabalho, Igor Ferreira e Dani Paes pela credibilidade e liberdade na escolha das metodologias, Guilherme Gonçalves, pelas orientações na escrita do artigo e Sonia Marques, pela revisão do texto.
Referências Bibliográficas
Periódicos:
- Alves, Lucas (2008). O que é PMBOK: aprenda com um exemplo prático de gestão de projetos, [Online]. Disponível em: https://take.net/blog/chatbots/o-que-e-pmbok.
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- Sankhya (2020). Metodologias Híbridas: Vantagens para gestão de projetos, [Online]. Disponível em: https://www.sankhya.com.br/blog/metodologias-hibridas-vantagens-para-gestao-de-projetos/
- Dos Santos, Virgilio (2018). A metodologia híbrida de gerenciamento de projetos, [Online]. Disponível em: https://www.fm2s.com.br/metodologia-hbrida-de-gerenciamento-de-projetos/
- Curto, Hayala Metodologias Híbridas de Gestão de Projetos em 5 passos, [Online]. Disponível em: https://netproject.com.br/blog/metodologias-hibridas-de-gestao-de-projetos-uma-abordagem-pratica/
- https://fnq.org.br/comunidade/que-e-um-ambiente-vuca-e-o-que-isso-tem-a-ver-com-gestao/#:~:text=O%20termo%20V.U.C.A.,)%20e%20ambiguidade%20(ambiguity).
- Alícia, Emanoele 29/06/2020 Metodologia híbrida: o conceito de que a união faz a força! [Online]. Disponível em: https://www.voitto.com.br/blog/artigo/metodologia-hibrida
Normas:
- Project Management Institute (PMI) is the world’s leading association for those who consider project, program or portfolio management their profession. [Online]. Disponivel em https://www.pmi.org/
- PRINCE2® and PRINCE2 Agile® are registered trademarks of AXELOS Limited, used under permission of AXELOS Limited. All rights reserved. [Online]. Disponível em https://prince2.wiki/pt/
- Based on the principles of Scrum, Scrum.org provides comprehensive training, resources, assessments and certifications to help people and teams solve complex problems. [Online]. Disponível em : https://www.scrum.org/
- Manual do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnologico do Setor de Energia Elétrica. ANEEL [Online] Disponivel em: https://www.aneel.gov.br/documents/656831/14943930/Manual+P%26D+2012/eaef69f8-5331-43f8-b3ef-fab1c2775ed1
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