Durante quase 15 anos atuei como padre e gestor de pessoas e comunidades. Nesse período vim aprendendo e aplicando o princípio de que se alguém é bem acolhido, entendido e respeitado, os frutos relacionados com a saúde mental se tornam palpáveis e criam energia transformadora de vidas e comportamentos.
Estou na Fohat há quase 60 dias e posso afirmar, baseando-me na experiência e vivência, que no topo da cadeia de cuidados e prioridades da empresa, encontra-se a pessoa humana: o colaborador. Essa experiência de acolhida calorosa já se manifestou nos primeiros passos do processo seletivo e se estende durante toda a jornada.
Como exemplo concreto de espaço seguro para partilha, vivenciamos, no dia 6 de novembro, um maravilhoso momento de homenagem às pessoas queridas que já não se encontram em nosso meio, isto é, que partiram desse plano. Estávamos sintonizados com a data de Finados (2 de novembro) – que faz parte do calendário civil brasileiro – e, principalmente, ancorados na certeza de que aquele momento seria importante para nos aproximar como pessoas e como um time.
O evento foi denominado de “Café- da-Manhã com a Morte”, do qual participei na função de mediador. Apesar desse título soar um pouco forte, a manutenção desta nomenclatura, para tratar da nossa finitude, foi definida com a intenção de “quebrar o gelo” com todos, diante de uma temática que não é de trato fácil, no nosso cotidiano.
O objetivo global dessa ação foi de tratar do tema da finitude (morte e luto) tendo diante dos olhos a consciência de que é necessário vivermos bem o “agora”, o momento presente. Essa proposta de reflexão e vivência colabora com o autoconhecimento de cada Fohacker, o que vem corroborar também com o seu bem estar, com a sua qualidade de vida. E esse conjunto de conexões tem ressonância e está alicerçado no My Energy Intelligence, que é o programa de bem estar da Fohat.
O Café- da-Manhã com a Morte, que realizamos 100% online, foi realmente um momento muito especial e emocionante, porque nosso time conta com pessoas baseadas em várias cidades do Brasil e do exterior, com idades e histórias distintas. No total, foram 90 minutos de evento, e numa das etapas cada membro da Fohat pode fazer sua homenagem às pessoas queridas de sua vida que já partiram e, por meio da emoção partilhada, percebemos que estabeleceu-se uma troca empática muito construtiva entre todos.
Uma pessoa consegue se conectar com a outra quando valores, sentimentos e sensações se alinham. Isso é enriquecedor como ferramenta de desenvolvimento humano e, por consequência, em fortalecimento do senso de pertencimento, de senso de equipe.
Após o encontro ao colhermos de forma anônima as impressões de cada um, numa pesquisa de avaliação, sobressaiu de forma uníssona o sentimento de aquele momento trouxe maior compreensão e sentimento de conexão entre os participantes. Serviu inclusive, para entendermos o momento de vida que cada um está vivenciando e, diretamente, foi um ponto de apoio e solidariedade, para algumas pessoas que recentemente perderam membros de sua família ou amigos próximos.
A percepção de que somos todos humanos e finitos nos conecta e nos abre a mente para compreendermos a importância e a necessidade de expressarmos nossos sentimentos em um ambiente seguro e pautado no respeito mútuo. E um desses espaços é o ¨local de trabalho¨, aqui no sentido figurado uma vez que é nele que vivemos uma boa parte de nossas 24 horas. E aqui na Fohat, isso tem sido garantido com várias ações planejadas, a exemplo dessa
Há pouco mais de um ano, quando tomei a decisão de mudar de carreira, saindo do Clero, sempre busquei um ambiente de trabalho que não fosse somente de “trabalho”. Buscava uma organização que me acolhesse como pessoa e que me permitisse colaborar, com minha humanidade e experiência, na acolhida e escuta das pessoas em suas mais diversas necessidades e anseios. E tenho vivido isso na prática, aqui na Fohat.
Artigo publicado originalmente no Linkedin de Jair Schaedler, Peace Agent Fohat.
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